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“É preciso acreditar!”: AAC celebra Dia Nacional do Estudante com manifestação pela abolição da propina

Sob o mote “Façam-nos acreditar”, uma manifestação composta por mais de 100 estudantes do Ensino Superior juntou-se à porta da sede da AAC para defender a erradicação da propina, entre outras medidas de apoio a estudantes nacionais e internacionais.

Foi no dia 24 de março de 1987 que se celebrou pela primeira vez o Dia Nacional do Estudante, um dia que serve como recordação das lutas académicas travadas ainda numa altura de ditadura por estudantes sem medo de desafiar o Estado Novo. Passados 34 anos, e numa altura de grande incerteza, a AAC quis celebrar a data com uma homenagem às gerações académicas que, segundo o presidente da Direção-Geral da AAC (DG/AAC), João Assunção, “nunca desistiram de reivindicar um ensino superior universal, público, gratuito e de qualidade, uma sociedade justa e igual, um sistema democrático para Portugal”.

Sob o mote “Façam-nos acreditar”, João Assunção apelou à atenção das forças governamentais para os problemas que os estudantes do Ensino Superior atravessam e a “terem em conta os desafios verdadeiramente dantescos que a pandemia fez surgir às novas gerações nos últimos doze meses”. O presidente da DG/AAC fez ainda questão de alertar para aqueles que já antes da pandemia passavam por dificuldades e que agora “perderam o sentimento de esperança que a recuperação económica dos últimos anos tinha espoletado”.

“O aumento do número de bolsas, a erradicação da propina, a concretização do plano nacional para o alojamento no Ensino Superior, a redução da propina dos estudantes internacionais e a imposição de um teto máximo às propinas do 2.o ciclo de estudos são algumas das prioridades por nós definidas neste dia”, afirmou João Assunção numa altura em que na rua se pedia o fim da propina. O presidente da DG/AAC pediu ainda “o aumento dos apoios sociais e a intervenção do estado, de forma a contradizer os efeitos nefastos na sociedade e na economia gerados pela pandemia”.

Na sessão que marcou este Dia Nacional do Estudante, João Assunção alertou ainda para a “a falta de resposta pública coerente com o número substancial de estudantes deslocados”, relembrando que esta é “uma das maiores barreiras à democratização do Ensino Superior”. O dirigente da AAC manifestou ainda a sua esperança no Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior que visa instalar 15.000 novas camas até 2026.

Num ano de grandes dificuldades, João Assunção voltou a manifestar o desejo da AAC de abolir a propina “como luta intransigente por um ensino superior gratuito e universal”, uma luta que a Associação Académica tem vindo a manifestar e que numa altura de crise ganha outro peso.

O presidente da DG/AAC concluiu o seu discurso com um apelo final à “sensibilidade dos agentes políticos para não abrandarem na edificação de um ensino superior universal, gratuito e de qualidade”.

A sessão contou ainda com a participação da secção de fado da AAC, cujo momento de maior destaque foi a atuação do tema “É preciso acreditar” de Luíz Goes, que deu o nome ao mote da manifestação.

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