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Bolseiros e doutorandos exigem a prorrogação de bolsas de investigação

Ao contrário do ano passado, em que todos os bolseiros da FCT viram os contratos alargados por dois meses, este ano só quem está a terminar o vínculo pode apresentar requerimento. E fica condicionado à verba disponível. O abaixo assinado da ABIC a pedir a prorrogação destes prazos para todos conta já com mais de 1250 assinaturas.

Dois grupos de investigadores querem que o Governo prolongue todas as bolsas científicas de modo a minimizar os impactos que o segundo confinamento teve sobre os planos de trabalho. A Associação dos Bolseiros de Investigação Científica (ABIC) lançou um abaixo-assinado com esta exigência e um movimento de estudantes de doutoramento escreveu ao ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor.
A RUC esteve a conversa com Nuno Peixinho da ABIC e Luís Coimbra movimento de estudantes de doutoramento que explicaram as motivações de ambos.
Nuno Peixinho explicou que a opção tomada pelo governo foi de prolongar apenas bolsas de doutoramento que acabassem no primeiro trimestre, o que, segundo o investigador, não é suficiente, pois abrange muito poucos estudantes.

O investigador lembra que todos os projetos de investigação foram, de alguma forma, afetados por esta pandemia, sendo esta a motivação da ABIC para lançar o abaixo assinado.

Nuno Peixinho fez ainda questão de lembrar os investigadores cujas bolsas não provêm diretamente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) que, segundo o investigador, já o ano passado foram prejudicados e não podem voltar a ficar esquecidos.

Nuno Peixinho diz que o abaixo assinado da ABIC está a ter grande adesão contando já com mais de 1250 assinaturas, muitas delas, diz, de professores e investigadores contratados que solidarizam com os bolseiros porque sabem das dificuldades que estes passam. Nuno Peixinho lembra ainda que sem investigação muitas das coisas que hoje damos por garantidas não existiam.

Ao mesmo tempo o Movimento Nacional de Estudantes de Doutoramento enviou numa carta ao ministro do Ensino Superior, Manuel Heitor. Luís Coimbra, representante dos estudantes de 3º ciclo no Conselho Geral da Universidade de Coimbra, faz parte deste movimento e explicou que as ações não foram concertadas mas não descarta o trabalho em conjunto com a ABIC no futuro.

O doutorando explicou como surgiu este movimento que conta com estudantes de várias instituições de todo o país. Em Coimbra fazem ainda parte estudantes que estão também no Senado da Universidade de Coimbra.

Em relação aos motivos que levaram a esta carta, Luís Coimbra afirma que as medidas tomadas pelo governo até podem ter boa intenção mas não são suficientes. Assim o doutorando explicou os pontos da carta enviada ao ministro.

Este é um assunto que a RUC continuará a acompanhar.

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