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16.02.2024POR Mafalda Inácio

Inês Tafula: “A modernização da justiça é um dos pontos que nos diferencia dos outros candidatos”

A cabeça-de-lista do RIR discursa sobre os principais pontos de ação do partido para as Eleições Legislativas de 2024. A saúde, o ensino superior, a habitação e o sistema judicial são tópicos-chave na intervenção da candidata.

No âmbito das Eleições Legislativas, com data marcada para o próximo dia 10 de março, a Rádio Universidade de Coimbra (RUC) compromete-se a entrevistar todos os candidatos ao círculo eleitoral do distrito conimbricense. No passado dia 13 de fevereiro, Inês Tafula esteve presente no programa Observatório, enquanto cabeça-de-lista independente do partido Reagir Incluir Reciclar (RIR).

“Queremos mudar o curso do país”

Num momento inicial de apresentação, Inês Tafula esclarece que, enquanto convidada pelo RIR, a sua lista, candidata ao círculo eleitoral de Coimbra, é um grupo composto por pessoas independentes. A representante do RIR afirma, ainda, que o partido quer mudar o curso da política nacional. Ao focar a sua atenção sobre o distrito de Coimbra, a cabeça-de-lista declara que a mudança de políticos é urgente, uma vez que os atuais deputados do círculo eleitoral conimbricense não estão, segundo Inês Tafula, a representar o distrito de forma adequada.

“A habitação pública não pode ser um direito adquirido para o resto da vida e herdado por filhos e netos”

Ao debruçar-se sobre os pontos de ação do programa do RIR, a candidata enumera as problemáticas mais iminentes para as Eleições Legislativas e dá especial atenção à habitação pública e estudantil. Segundo Inês Tafula, “muitos edifícios poderiam ser reabilitados” de forma a criar novas residências universitárias em Coimbra, que são, para o RIR, “uma medida urgente”. 

Em entrevista à RUC, a cabeça-de-lista partidária expressa uma clara preocupação face à necessidade de aprimorar a fiscalização da habitação pública, uma vez que defende a atualização permanente das rendas, consoante os rendimentos. Inês Tafula enumera, também, a necessidade de ser estabelecida a responsabilização por danos nos imóveis e a celeridade dos processos de despejo, de forma a proteger os proprietários.

“Nem toda a gente tem a possibilidade de aceder aos tribunais”

No que concerne à legitimidade e situação atual da justiça portuguesa, a candidata ao círculo eleitoral de Coimbra afirma que a conjuntura judicial “está a piorar a olhos vistos”. Segundo Inês Tafula, existe uma grande carência de funcionários, juízes e procuradores. Menciona, ainda, que a disparidade relativa às taxas de justiça acabam por impedir os cidadãos de aceder aos tribunais, “contribuindo para que haja uma justiça para ricos e uma para pobres”.

Para a representante do RIR, a busca pela modernização do sistema jurídico é um dos pontos que diferencia o partido dos demais. Ainda sobre esta proposta, a candidata esclarece que o intuito do RIR é digitalizar os processos tramitados pelo Ministério Público, de forma a reduzir o prazo de tratamento da documentação.

“Outra área que está sempre com muitos problemas é a saúde, onde o principal problema é a sobrecarga nas urgências”

No âmbito da manutenção da saúde pública, Inês Tafula declara que é necessário “contratar diretamente médicos generalistas, que possam reforçar os centros de saúde”. Tendo por base as medidas apresentadas pelo RIR, a candidata afirma, também, que é imprescindível “alargar os horários”. Segundo a cabeça-de-lista, a maior problemática na área da saúde reflete-se na sobrecarga de pacientes nas urgências hospitalares. Neste sentido, apresenta como objetivo “tirar esse exagero de utentes das urgências e conseguir passá-los para os centros de saúde”.

“A Propina Zero seria a medida a adotar em Portugal”

Para a representante do RIR, a propina zero é a decisão a tomar. Ao utilizar a Alemanha como exemplo, Inês Tafula afirma que não existem dúvidas de que a extinção da propina é a medida que precisa ser adotada, no contexto nacional. Aproveita, ainda, para enumerar alguns dos problemas que a levam a defender esta proposta: “há muita gente que está no desemprego e que não consegue deslocar-se da sua cidade natal para Coimbra”. Relembra também que o preço das rendas é incomportável para os estudantes e que “cada vez há mais desistência escolar, por parte dos estudantes universitários, devido à falta de condições e arrendamento”.

Para ouvir a entrevista completa pode aceder ao link acima ou ao Spotify da RUC.

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